Criação de Empresa em Portugal: Guia Passo a Passo 2025

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De ideia a negócio: como facilitar a criação de empresa e cumprir as obrigações legais em Portugal

Portugal é cada vez mais visto como um destino favorável para investimentos e empreendedorismo. As condições económicas favoráveis, a mão-de-obra qualificada e o clima agradável são apenas alguns dos fatores que atraem empresários de todo o mundo. Este artigo oferece um breve guia para a criação de empresa em Portugal, abordando desde aspetos práticos a questões legais.

Escolher o Tipo de Empresa

Uma das primeiras decisões críticas na criação de empresa é a seleção do tipo jurídico. Em Portugal, os mais comuns são o Empresário em Nome Individual (ENI), a Sociedade por Quotas (Lda.) e a Sociedade Anónima (SA).

Empresário em Nome Individual (ENI): Ideal para negócios de pequena escala ou freelancers. A principal vantagem é a simplicidade administrativa, mas o empresário assume responsabilidade ilimitada pelas dívidas da empresa.

Sociedade por Quotas (Lda.): Este é o formato preferido para pequenas e médias empresas. Exige no mínimo dois sócios e um capital social mínimo de 1 euro. Os sócios têm responsabilidades limitadas às suas quotas.

Sociedade Anónima (SA): Adequado para grandes negócios, requer um capital social mínimo de 50.000 euros e pode ser constituída por um único acionista.

Cada tipo tem suas vantagens e desvantagens, não só em termos de responsabilidade jurídica mas também em termos fiscais.

Planeamento e Investimento Inicial

Nada substitui um bom planeamento. A etapa de planeamento inclui a elaboração de um plano de negócios sólido. Portanto, deve conter uma descrição detalhada do modelo de negócio, análise de mercado, plano financeiro e estratégia de marketing.

Investimento Inicial: O investimento inicial varia substancialmente com o tipo de empresa e o setor de atividade. Custos comuns incluem o arrendamento de espaço, compra de equipamento e mobiliário, despesas com publicidade, entre outros.

Criação de Empresa: Procedimentos Legais e Burocráticos

Depois de feito o planeamento, é hora de passar à ação. O primeiro passo é obter o Número de Identificação Fiscal (NIF). Este é um procedimento simples que pode ser feito no Serviço de Finanças mais próximo. Posteriormente, deve-se avançar para o registo da empresa.

Registo Comercial: Podem ser efetuados na “Empresa na Hora” ou via online. Os documentos necessários variam conforme o tipo de empresa, mas geralmente incluem um pacto social, identificações dos sócios e comprovativos de morada.

Licenciamento: Depende do tipo de atividade da empresa. Alguns setores, como alimentação e saúde, exigem licenças específicas.

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Criação de Empresa: Custos Iniciais Associados

É comum os empreendedores subestimarem a quantidade de recursos financeiros necessários para iniciar uma empresa. Assim sendo, pode comprometer seriamente a viabilidade do negócio.

Capital Social: O montante varia conforme o tipo de empresa. Enquanto um ENI pode não necessitar de capital social, uma Sociedade Anónima requer, no mínimo, 50.000 euros.

Taxas Administrativas: Os custos com o registo da empresa, notários e outros procedimentos burocráticos podem somar-se rapidamente, que regra geral não ultrapassam os 500 euros.

Custos Operacionais: Incluem despesas com fornecedores, arrendamento, eletricidade, água, e outros custos recorrentes.

Marketing e Publicidade: Esta é uma área frequentemente negligenciada em orçamentos iniciais, mas vital para dar a conhecer o seu negócio e atrair clientes.

Apoios e Incentivos Estatais

Portugal tem diversos programas de incentivo para fomentar o empreendedorismo e a criação de empresas. Estes programas podem oferecer vantagens fiscais, subvenções ou mesmo financiamento a fundo perdido.

Portugal 2030: Este é um dos principais programas de financiamento, com várias linhas de apoio destinadas a setores específicos e regiões do país.

StartUP Portugal: Um programa destinado a startups, que oferece não só financiamento como também mentoria e acesso a uma rede de contactos.

SIFIDE: Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial, destinado a empresas que investem em I&D.

Manutenção e Obrigações Anuais

Concluído o processo de criação de empresa, inicia-se uma nova fase: a da manutenção e cumprimento de obrigações legais e fiscais anuais.

Declarações Fiscais: A entrega de diversas declarações fiscais, como a declaração de IVA e IRC, é obrigatória e sujeita a prazos específicos.

Segurança Social: As contribuições para a Segurança Social são obrigatórias e calculadas com base nos vencimentos declarados.

Outras Obrigações: Dependendo da área de atividade, podem existir outras obrigações específicas, como inspeções e licenças periódicas.

Criação de Empresa: Marketing e Estratégia de Negócio

A criação de uma empresa é apenas o início da jornada. Uma estratégia de negócio bem elaborada e eficaz é essencial para o sucesso de qualquer empreendimento.

SEO e Marketing Digital: No mundo moderno, a presença online é indispensável. Investir em SEO e outras estratégias de marketing digital pode trazer um retorno significativo.

Networking: Estabelecer boas relações comerciais e parcerias pode abrir muitas portas e criar oportunidades para o crescimento da empresa.

Branding: Uma marca forte pode não só atrair mais clientes mas também criar um elo emocional com os mesmos, o que aumenta a fidelidade à marca.

Crescimento e Expansão

Uma vez estabilizado o negócio, o próximo passo é pensar na sua expansão. Isso pode ser feito através de diversas estratégias, incluindo a entrada em novos mercados, diversificação de produtos ou serviços, ou mesmo fusões e aquisições.

Mercados Internacionais: Portugal, sendo membro da União Europeia, oferece fácil acesso a um vasto mercado. Contudo, é importante conhecer as particularidades de cada mercado-alvo.

Investimento em Tecnologia: A adoção de novas tecnologias pode não só melhorar a eficiência operacional como também proporcionar uma vantagem competitiva.

Criação de Empresa: Desafios e Considerações Finais

Embora o processo de criação de empresa em Portugal seja facilitado por um ambiente de negócios favorável e uma série de incentivos, existem desafios a considerar.

Ambiente Económico: Flutuações económicas podem afetar adversamente o negócio. Um bom planeamento financeiro é crucial.

Concorrência: Independentemente do sector, a concorrência é uma realidade. Uma análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) pode ajudar a identificar vantagens competitivas.

Regulamentação: Manter-se atualizado em relação a leis e regulamentos é fundamental para evitar sanções e garantir a conformidade do negócio.

O processo de criação de empresa em Portugal, apesar de complexo, é também gratificante. Equipado com o conhecimento certo e um plano bem pensado, o sucesso é uma meta alcançável para qualquer empreendedor disposto a investir tempo e recursos na sua empresa.

Criação de Empresa em Portugal: Perguntas Frequentes Esclarecidas

O que é necessário para abrir uma empresa em Portugal?

Precisa de NIF, escolha do tipo de empresa, registo comercial e licenças conforme a atividade.

Quanto custa abrir uma empresa em Portugal?

Em média, o custo inicial ronda os 360€ a 500€, incluindo registos e taxas administrativas.

Qual é o capital social mínimo para abrir uma empresa?

Para uma Lda., basta 1€. Para uma SA, são exigidos 50.000€.

Quando compensa abrir uma empresa?

Compensa quando os rendimentos ultrapassam os limites do regime simplificado ou há planos de crescimento.

Como criar a sua própria empresa?

Comece por definir a atividade, escolha o tipo jurídico e registe a empresa online ou presencialmente.

Quanto dinheiro preciso para abrir uma empresa?

Depende da estrutura e do setor, mas conte com, pelo menos, 1.000€ a 5.000€.

Qual é a diferença entre LDA e unipessoal?

A LDA tem dois ou mais sócios. A unipessoal tem apenas um, com responsabilidade limitada.

Quem responde pelas dívidas de uma empresa?

Numa Lda. ou SA, os sócios só respondem até ao valor do capital investido.

Que impostos paga um empresário em nome individual?

Paga IRS sobre os lucros, Segurança Social e IVA, se estiver enquadrado no regime normal.

Quais são os três tipos de empresas?

Os mais comuns são: Empresário em Nome Individual, Sociedade por Quotas (Lda.) e Sociedade Anónima (SA).

Atualizado em Junho de 2025.

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A informação deste artigo não substitui a consulta de documentação e legislação oficial.

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António Martins Pereira CEO & General Manager
CEO @ Contarea - Gestão e Contabilidade | Especialista em contabilidade, fiscalidade e gestão de empresas | Otimização da produtividade e rentabilidade de negócios

António Martins Pereira
CEO @ Contarea - Gestão e Contabilidade | Especialista em contabilidade, fiscalidade e gestão de empresas | Otimização da produtividade e rentabilidade de negócios

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