Residentes Não Habituais: Regime Fiscal Reintroduzido

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Residentes Não Habituais e IFICI+: Novo Regime Fiscal

O regime fiscal dos residentes não habituais vai ser reintroduzido através de uma portaria do Governo. Este novo regime, conhecido como IFICI+, faz parte de um conjunto de 60 medidas para dinamizar a economia. Esta reintrodução dispensa a necessidade de aprovação pelo parlamento, conforme anunciado pelo ministro das Finanças.

O que é o Regime Fiscal dos Residentes Não Habituais?

O regime dos residentes não habituais foi originalmente criado para atrair talento e investimento estrangeiro para Portugal. Este regime oferece benefícios fiscais significativos para pessoas que mudem a sua residência fiscal para Portugal. Entre os principais atrativos está a aplicação de uma taxa fixa de 20% sobre rendimentos de categoria A (trabalho dependente) e B (trabalho independente).

Histórico e Reintrodução do Regime

Este regime foi estabelecido inicialmente em 2009 e, ao longo dos anos, sofreu diversas alterações. O Orçamento do Estado para 2024 incluiu uma norma para reativar este regime, com a regulamentação a ser efetuada através de uma portaria. Segundo o ministro das Finanças, esta medida será agora detalhada para assegurar a sua aplicabilidade.

Objetivos do IFICI+

O principal objetivo do IFICI+ é atrair novos residentes e talentos internacionais. O regime abrange exclusivamente rendimentos de categoria A e B, aplicando uma taxa de 20%. Esta medida exclui rendimentos de dividendos, mais-valias e pensões, áreas que anteriormente criavam conflitos com países como Finlândia e Suécia.

Condições para Beneficiar do Regime

Para ser elegível para este regime, os residentes não habituais devem cumprir alguns requisitos específicos:

  • Não ter residido em Portugal nos últimos cinco anos.
  • Não estar a beneficiar do regime anterior.

Além disso, os estrangeiros devem passar a residir em Portugal, trazendo consigo a sua residência fiscal.

Impacto Económico e Atração de Talento

O regime dos residentes não habituais tem como um dos seus pilares a atração de talento e investimento. Este regime é visto como um incentivo para profissionais qualificados e investidores transferirem a sua residência fiscal para Portugal, promovendo assim o desenvolvimento económico.

Benefícios para a Economia

A reintrodução deste regime é esperada para ter um impacto positivo na economia portuguesa. Ao atrair profissionais qualificados e investidores, o país poderá beneficiar de novas competências e capital, impulsionando diferentes setores da economia.

Comparação com Outros Países

Comparado com outros países europeus, Portugal oferece um regime fiscal atrativo para residentes não habituais. A taxa fixa de 20% sobre rendimentos de trabalho é competitiva, especialmente quando comparada com países que têm taxas progressivas mais elevadas.

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Procedimento para Aderir ao Regime

Inscrição como Residente Não Habitual

Os estrangeiros que pretendem beneficiar do regime devem seguir um procedimento específico para se inscreverem como residentes não habituais. Este processo inclui:

  1. Solicitar o estatuto de residente não habitual junto da Autoridade Tributária.
  2. Comprovar a ausência de residência em Portugal nos últimos cinco anos.
  3. Apresentar documentação que demonstre a intenção de residir em Portugal.

Declaração de Rendimentos

Uma vez inscritos, os residentes não habituais devem declarar os seus rendimentos de acordo com as regras estabelecidas pelo regime. Apenas os rendimentos de categoria A e B são elegíveis para a taxa fixa de 20%.

Obrigações Fiscais

Os residentes não habituais têm obrigações fiscais que devem ser cumpridas rigorosamente. Isto inclui a apresentação de declarações de rendimento e o pagamento de impostos dentro dos prazos estipulados pela Autoridade Tributária.

Exclusões e Limitações

Rendimentos Excluídos

O novo regime fiscal exclui rendimentos de dividendos, mais-valias e pensões. Esta exclusão foi implementada para evitar conflitos fiscais com outros países e garantir a clareza e simplicidade do regime.

Limitações Geográficas

Além das exclusões de tipos de rendimento, existem também limitações geográficas. Apenas pessoas que não tenham residido em Portugal nos últimos cinco anos são elegíveis, excluindo aqueles que já beneficiam do regime anterior.

Impacto em Relações Internacionais

Ao excluir certos tipos de rendimento, o novo regime visa melhorar as relações fiscais com outros países. Esta medida foi especificamente desenhada para resolver problemas anteriores com países como a Finlândia e a Suécia.

A reintrodução do regime fiscal dos residentes não habituais através do IFICI+ representa um passo importante para Portugal na atração de talento e investimento internacional. Com uma taxa fixa competitiva de 20% para rendimentos de categoria A e B, e excluindo rendimentos problemáticos como dividendos e mais-valias, o regime promete impulsionar a economia portuguesa. É essencial que os potenciais beneficiários compreendam os requisitos e obrigações associados para tirarem o máximo partido deste regime.

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A informação apresentada neste artigo não é vinculativa e não substitui a consulta completa dos documentos e legislação relevantes sobre o tema abordado.

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A Contarea – Gestão e Contabilidade, instituição de renome na área dos serviços de Contabilidade, Fiscalidade, Recursos Humanos, Gestão Administrativa, Consultoria de Gestão, Projetos De Investimento e Apoios, Apoio ao Empreendedorismo, Bpo/Outsourcing e Auditoria, tem a sua sede em Famalicão desde 2001. Distingue-se por possuir uma carteira vasta e diversificada, estendendo os seus serviços por todo Portugal, com especial incidência nos concelhos de Famalicão, Braga, Santo Tirso, Trofa, Barcelos, Felgueiras, Maia, Valongo, Vila do Conde, Póvoa do Varzim, Esposende, Porto, Guimarães, Fafe, Vizela, Matosinhos, Valongo e Paredes.

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António Martins Pereira CEO & General Manager
CEO @ Contarea - Gestão e Contabilidade | Especialista em contabilidade, fiscalidade e gestão de empresas | Otimização da produtividade e rentabilidade de negócios

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