Contrato a Termo Certo: Circunstâncias para Passar a Efetivo

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Como e Quando um Contrato a Termo Certo Pode Passar a Efetivo

O contrato de trabalho a termo certo é uma modalidade amplamente utilizada no mercado laboral português, especialmente para responder a necessidades temporárias das empresas. No entanto, é comum que muitos trabalhadores aspirem à transição para um contrato efetivo, em busca de maior estabilidade. O presente artigo irá detalhar as circunstâncias em que um contrato a termo certo pode passar a efetivo, de acordo com a legislação vigente, e como essa mudança pode impactar tanto o trabalhador quanto o empregador.

O Que é um Contrato a Termo Certo?

Um contrato a termo certo é um acordo entre empregador e trabalhador, no qual é estabelecido um prazo específico para a prestação dos serviços. Este contrato tem por base a necessidade de uma tarefa temporária, cujo fim é previamente estipulado. De acordo com o artigo 140º do Código do Trabalho, este tipo de contrato deve incluir, entre outras informações, a identificação das partes, as funções a desempenhar, a retribuição, o local de trabalho e, claro, a data de início e término do contrato.

Motivos para Celebrar um Contrato a Termo Certo

Os contratos a termo certo são usados em situações onde a empresa necessita de reforçar temporariamente a sua equipa, seja por um aumento pontual de trabalho, seja por um projeto específico. Entre os principais motivos estão:

  • Substituição temporária de um trabalhador;
  • Realização de um projeto de curta duração;
  • Necessidades sazonais;
  • Acréscimo excecional de atividade.

Estas circunstâncias permitem ao empregador contratar temporariamente, sem o compromisso de um vínculo permanente, o que pode ser vantajoso em cenários empresariais de curta duração ou instáveis.

Quando é Que Um Contrato a Termo Certo Passa a Efetivo?

A passagem de um contrato a termo certo para um contrato efetivo pode ocorrer em várias situações, e a legislação portuguesa tem vindo a reforçar os direitos dos trabalhadores neste campo. As principais circunstâncias incluem:

  1. Ultrapassagem do Limite Legal de Duração do Contrato: Um contrato a termo certo não pode exceder a duração máxima de dois anos, incluindo as suas renovações. Caso este limite seja ultrapassado, o contrato pode passar automaticamente a ser considerado como contrato sem termo.
  2. Número Máximo de Renovações: Um contrato a termo certo pode ser renovado até três vezes. No entanto, o total das renovações não pode ultrapassar a duração do contrato inicial. Se o empregador não respeitar este limite, o contrato torna-se automaticamente efetivo.
  3. Motivo de Contratação Inválido ou Não Justificado: Se a justificação apresentada para a celebração do contrato a termo certo for inválida ou não estiver devidamente fundamentada, o contrato passa a efetivo.
  4. Incumprimento de Formalidades Legais: A lei exige que certos aspetos formais sejam cumpridos no momento da celebração de um contrato a termo certo, como a clara indicação do motivo para a contratação temporária. Se houver incumprimento destas formalidades, o contrato pode passar a ser considerado sem termo.
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Alterações Recentes na Legislação Sobre Contratos a Termo Certo

A legislação laboral portuguesa tem sofrido alterações nos últimos anos, nomeadamente no que diz respeito aos contratos a termo certo. Uma das mudanças mais significativas ocorreu em outubro de 2019, quando a duração máxima de um contrato a termo certo foi reduzida de três para dois anos.

Além disso, foi eliminada a possibilidade de utilizar a condição de desempregado de longa duração ou de primeiro emprego como justificação para a celebração deste tipo de contrato. Estas mudanças reforçam os direitos dos trabalhadores, obrigando as empresas a justificar de forma mais rigorosa a utilização de contratos a termo certo.

Implicações da Passagem de Contrato a Termo Certo para Efetivo

A transição de um contrato a termo certo para efetivo traz várias implicações tanto para o trabalhador como para a entidade empregadora. Para o trabalhador, a efetividade significa maior estabilidade no emprego, uma vez que a empresa terá de seguir processos mais rigorosos para uma eventual rescisão. Além disso, o trabalhador passa a ter direito a benefícios e regalias normalmente associados a um contrato sem termo, como a progressão de carreira e a segurança no emprego.

Para o empregador, a conversão do contrato pode significar um aumento dos custos, nomeadamente no caso de rescisão, já que os contratos sem termo exigem compensações mais elevadas.

Como Evitar a Renovação Automática do Contrato

Se uma empresa não pretender renovar um contrato a termo certo, deve comunicar a decisão ao trabalhador com uma antecedência mínima de 15 dias. Esta comunicação deve ser feita por escrito e, caso o empregador não cumpra este prazo, terá de pagar ao trabalhador a remuneração correspondente ao período de aviso prévio em falta.

É importante que as empresas sigam estes procedimentos com rigor, de forma a evitar situações de renovação automática do contrato, que podem levar à sua transformação num contrato sem termo.

Direitos do Trabalhador com Contrato a Termo Certo

Embora o contrato a termo certo tenha uma natureza temporária, o trabalhador goza de praticamente os mesmos direitos que um trabalhador com contrato efetivo. Entre os principais direitos, destacam-se:

  • Direito a férias e subsídio de férias;
  • Direito ao subsídio de Natal;
  • Direito a proteção social em caso de doença ou acidente de trabalho;
  • Direito à compensação em caso de despedimento coletivo ou por extinção do posto de trabalho.

A celebração de um contrato a termo certo deve ser sempre feita com base em fundamentos sólidos e dentro dos limites impostos pela lei. No entanto, é importante que tanto trabalhadores como empregadores estejam cientes das condições em que este contrato pode passar a efetivo. A legislação portuguesa protege o trabalhador, assegurando que a utilização de contratos temporários seja devidamente justificada e que não se prolongue indefinidamente. Assim, a transição para um contrato sem termo pode ocorrer em várias circunstâncias, trazendo maior estabilidade e segurança para o trabalhador.

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A informação apresentada neste artigo não é vinculativa e não substitui a consulta completa dos documentos e legislação relevantes sobre o tema abordado.

Quem é a CONTAREA – GESTÃO E CONTABILIDADE

A Contarea – Gestão e Contabilidade, instituição de renome na área dos serviços de Contabilidade, Fiscalidade, Recursos Humanos, Gestão Administrativa, Consultoria de Gestão, Projetos De Investimento e Apoios, Apoio ao Empreendedorismo, Bpo/Outsourcing e Auditoria, tem a sua sede em Famalicão desde 2001. Distingue-se por possuir uma carteira vasta e diversificada, estendendo os seus serviços por todo Portugal, com especial incidência nos concelhos de Famalicão, Braga, Santo Tirso, Trofa, Barcelos, Felgueiras, Maia, Valongo, Vila do Conde, Póvoa do Varzim, Esposende, Porto, Guimarães, Fafe, Vizela, Matosinhos, Valongo e Paredes.

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António Martins Pereira CEO & General Manager
CEO @ Contarea - Gestão e Contabilidade | Especialista em contabilidade, fiscalidade e gestão de empresas | Otimização da produtividade e rentabilidade de negócios

António Martins Pereira
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