O futuro do trabalho: A ascensão do Teletrabalho e o afluxo dos Nómadas Digitais
Com a emergência da pandemia de Covid-19, o teletrabalho tornou-se uma realidade marcante. Três anos após o início da pandemia, e com um gradual regresso à “normalidade” pós-Covid-19, esta forma de trabalhar firmou-se definitivamente. Nasceram os nómadas digitais.
Os dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística mostram que, no segundo trimestre deste ano, 20,6% da população empregada em Portugal encontra-se em regime de teletrabalho, correspondendo a mais de um milhão de trabalhadores. Esta percentagem inclui trabalhadores em regime integral de teletrabalho e em regime de trabalho híbrido, que combina dias de teletrabalho com dias de trabalho presencial.
Razões além da Pandemia para o Crescimento do Teletrabalho
Enquanto a Covid-19 foi o gatilho inicial para a adoção do teletrabalho, outros fatores mantêm esta tendência, como o aumento dos combustíveis, a descentralização, a economia de custos para as empresas, e a facilitação da conciliação da vida pessoal e profissional.
Este novo paradigma de trabalho exige adaptação por parte dos governos e empresas. A transformação para o trabalho remoto continuará nos próximos anos devido às contínuas mudanças tecnológicas e sociais. O Diretor Executivo da Eurofound, Ivailo Kalfin, reforça esta visão, sublinhando a necessidade de os decisores políticos e parceiros sociais acompanharem os desenvolvimentos.

Portugal como um Destino atrativo para Nómadas Digitais
Este novo modelo de trabalho traz também oportunidades para Portugal em termos de atração de investimento estrangeiro. O interesse dos chamados Nómadas Digitais no nosso país tem aumentado. Segundo o relatório Savills Executive Nomad Index, Lisboa está no topo do ranking das melhores regiões para um executivo nómada trabalhar, com Miami e Dubai em segundo e terceiro lugares, e o Algarve também destaca-se na quarta posição.
Os Nómadas Digitais escolhem Portugal devido ao clima, segurança, custo de vida, hospitalidade e infraestruturas disponíveis. Regimes fiscais atrativos, como os Residentes Não Habituais e o Programa Regressar, contribuem ainda mais para essa escolha.
Políticas Visando os Nómadas Digitais
Diversos países têm desenvolvido vistos específicos para facilitar a entrada de nómadas digitais de fora da UE. A Estónia foi o pioneiro, mas outros países da União Europeia, incluindo Alemanha, Espanha e Portugal, seguiram o exemplo. Portugal criou um visto de residência temporário que permite a permanência no país por um ano, renovável por períodos adicionais de dois anos.
O teletrabalho veio para ficar, sendo uma realidade crescente em Portugal. Além de modificar a dinâmica laboral, proporciona uma oportunidade significativa para atrair Nómadas Digitais, impulsionando assim o desenvolvimento da economia portuguesa.
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